sábado, 17 de maio de 2008

Tartarugas de couro – as maiores tartarugas marinhas estão criticamente ameaçadas de extinção

Embora seja uma espécie protegida encontra-se ameaçada por inúmeras actividades humanas: pela ingestão acidental de plástico, por ser apanhada em redes de pesca, por ver os seus locais de reprodução destruídos e por ser caçada ilegalmente para aproveitamento sua carne, bem como pela destruição intencional de ovos. Um declínio global de 78% em 14 anos levou a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) a incluir a espécie na Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas com o estatuto de “Criticamente Ameaçada”. As fêmeas regressam sistematicamente à mesma praia, a cada dois ou três anos, para por os ovos. O que fazem e por onde andam entretanto permanece um mistério. Por vezes é possível observá-las no Atlântico norte. Algumas chegam mesmo a ser avistadas ao largo do Canadá, na sua busca pelo alimento preferido: medusas. As tartarugas de couro adultas estão adaptadas a águas mais frias do que as outras tartarugas, por isso a sua distribuição é mais ampla e estão presentes tanto nos mares tropicais como nos subpolares, no Mediterrâneo e nos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico.Os principais dados para avaliação das populações têm sido recolhidos nas áreas de nidificação. A taxa de reprodução tem caído mais de 80% na maioria das populações do Pacífico. Noutras regiões a situação não é tão preocupante e tem-se mesmo registado algum crescimento nessa taxa. Ainda assim, em termos globais, a diminuição do número de fêmeas situa-se nos 70% no espaço de uma geração. Numa petição recente, assinada por duzentos cientistas que pedem às autoridades norte-americanas a criação de uma área de protecção para estes animais ao largo da Califórnia, faz-se notar que a população reprodutora do Pacífico caiu de 91 mil indivíduos em 1980 para apenas 5 mil em 2002.No Atlântico as áreas de nidificação mais importantes estão situadas na Guiana Francesa.

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